Ambiente alimentar urbano em São Paulo, Brasil: avaliação, desigualdades e associação com consumo alimentar [depoimento e entrevista]

Data

2014

Idioma

Português

Assunto

ALIMENTAÇÃO (QUALIDADE)
FATORES SOCIOECONÔMICOS (CARTOGRAFIA)
HABITAÇÃO (ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS)
ZONA URBANA (ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS;CARTOGRAFIA)
CONSUMO DE ALIMENTOS (INFLUÊNCIAS)
MERCADOS (CARACTERÍSTICAS)

Fonte

Depoimento e entrevista baseados na dissertação/tese defendida na FSP/USP (http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-02102013-164136/).

Direitos

É autorizado o armazenamento e disponibilização em bases de dados para acesso universal, uso por rádios comunitárias e mídia em geral, por período indeterminado, desde que de forma gratuita e visando a educação e a promoção da saúde. Os créditos e o mérito pelo trabalho devem ser atribuídos adequadamente.

Formato

mp3

Entrevistado

Duran, Ana Clara da Fonseca Leitão

Duração

2 min 38 seg (depoimento), 4 min 56 seg (entrevista)

Entrevistador

Evangelista, Camila

Editor de som

Rodas, Caroline

Coordenador

Conceição, Maria Imaculada da

Produtor

Biblioteca da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

Local

São Paulo

Resumo da tese

Introdução: Estudos realizados em outros contextos mostram que o acesso a alimentos saudáveis e o consumo alimentar variam conforme o local de residência, podendo contribuir com desigualdades em saúde já existentes em áreas urbanas. Objetivos: O estudo apresenta três objetivos: (1) propor e avaliar a confiabilidade de instrumentos de avaliação do microambiente alimentar urbano adaptado ao contexto do Município de São Paulo, (2) investigar se o acesso a alimentos varia de acordo com o nível socioeconômico da vizinhança, após ajustes para o tipo de estabelecimento, e (3) estudar a associação entre o ambiente alimentar local e o consumo de frutas, hortaliças e bebidas açucaradas dentre amostra da população adulta do município de São Paulo. Métodos: Estudo transversal conduzido em 2010-2011 em 52 setores censitários do Município de São Paulo selecionados de acordo com o nível socioeconômico e densidade de equipamentos de comercialização de alimentos. Dois instrumentos de avaliação do microambiente alimentar foram desenvolvidos e tiveram suas confiabilidades inter- e intra-avaliador testadas: (1) ESAO-s instrumento de avaliação de estabelecimentos de comercialização de alimentos para consumo no domicílio; e (2) ESAO-r instrumento de avaliação de estabelecimentos de comercialização de alimentos para consumo imediato. O acesso a alimentos saudáveis foi medido a partir de índices que resumiram as medidas coletadas acerca da disponibilidade, variedade e promoção de alimentos. Associações entre o nível de educação da vizinhança e o acesso a alimentos foram testadas com modelos de regressão multinível. Dados coletados em amostra de 1842 adultos residentes nos mesmos setores censitários acerca do consumo regular ( 5 vezes/semana) de frutas, hortaliças e bebidas açucaradas foram utilizados em modelos multinível de regressão logística com o intuito de estudar as associações entre características do micro- e macro-ambiente alimentar e o consumo de tais alimentos. Para cada participante, disponibilidade, variedade, qualidade, preço e promoção/propaganda de frutas, hortaliças e bebidas açucaradas foram medidos em todos os estabelecimentos de comercialização de alimentos no setor censitário de residência e em todos os estabelecimentos de comercialização de alimentos em um raio de 1,6 km da residência. Resultados: Os instrumentos foram considerados confiáveis, com coeficientes de kappa para as medidas intra e inter-avaliadores variando de 0,55 a 0,95. Eles também foram capazes de discriminar diferentes tipos de estabelecimentos. Supermercados e feiras-livres, mercados municipais e sacolões apresentaram maior disponibilidade de alimentos saudáveis do que pequenos mercados de bairro. Estabelecimentos de comercialização de alimentos localizados em bairros de maior nível socioeconômico apresentaram um maior número de opções saudáveis, quando comparados a estabelecimentos similares, mas localizados em áreas de menor nível de educação. Após ajustes para medidas individuais de sexo, idade, educação e renda, preços altos de bebidas açucaradas em regiões mais pobres da cidade foram associados a uma menor chance de consumi-las (OR=0,58;IC95%=0,34;0,97); enquanto a associação foi inversa nos bairros mais ricos da cidade (OR=2,33;IC95%=1,12;4,84). Associações significativas entre a disponibilidade e consumo de frutas foram mostradas para três diferentes medidas disponibilidade de frutas próximo à residência; presença de pelo menos um estabelecimento que comercializasse frutas, mesmo que com baixa variedade; e residir em uma área no último quartil do índice de acesso a alimentos saudáveis HFSI. Associações entre medidas de acesso e consumo de hortaliças foram menos consistentes. Conclusão: Encontramos diferenças no acesso a alimentos saudáveis em São Paulo, favorecendo as regiões da cidade de níveis socioeconômicos médio e alto. Aspectos do ambiente alimentar foram associados ao consumo de frutas, hortaliças e bebidas açucaradas. Políticas públicas e intervenções com o objetivo de diminuir as desigualdades de acesso da população a alimentos saudáveis devem considerar o impacto de aspectos do ambiente alimentar disponibilidade, preço, variedade e qualidade de alimentos saudáveis e não saudáveis

Coleção

Referência

“Ambiente alimentar urbano em São Paulo, Brasil: avaliação, desigualdades e associação com consumo alimentar [depoimento e entrevista],” e-Coleções FSP/USP, acesso em 3 de julho de 2024, https://colecoes.abcd.usp.br/fsp/items/show/2992.

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