Liminaridade, bebidas alcoólicas e outras drogas: funções e significados entre moradores de rua [depoimento e entrevista]

Data

2009

Idioma

Português

Assunto

MORADOR DE RUA (ASPECTOS SOCIAIS;VIDA COTIDIANA)
ÁLCOOL (USO;FATORES;ASPECTOS SOCIAIS)
DROGAS DE ABUSO (USO;FATORES;ASPECTOS SOCIAIS)
CONSCIÊNCIA (PERCEPÇÃO) (ESTADO;ALTERAÇÃO;MÉTODOS DE PESQUISA)

Fonte

Depoimento e entrevista baseados na dissertação/tese defendida na FSP/USP (http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-18032011-164414/pt-br.php).

Direitos

É autorizado o armazenamento e disponibilização em bases de dados para acesso universal, uso por rádios comunitárias e mídia em geral, por período indeterminado, desde que de forma gratuita e visando a educação e a promoção da saúde. Os créditos e o mérito pelo trabalho devem ser atribuídos adequadamente.

Formato

mp3

Entrevistado

Varanda, Walter

Duração

5 min 43 seg (depoimento), 6 min 19 seg (entrevista)

Entrevistador

Moraes, Aline

Editor de som

Santos, Amadeu dos

Coordenador

Gallo, Paulo Rogério

Produtor

Biblioteca da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

Local

São Paulo

Resumo da tese

O uso de bebidas alcoólicas e outras drogas atinge a maioria dos moradores de rua da cidade de São Paulo e asume funções e significados inerentes à situação de rua, entendida como situação de liminaridade social. A etnografia revelou trajetórias individuais, dinâmicas de grupos de moradores de rua e sua interação com as redes públicas de assistênci, caracterizando o álcool e drogas nos circuitos da rua enquanto recursos de sobre vivência e operadores de processos reativos diante da situação de apartação social. Utilizamos análise documental, observação participante, e entrevistas com moradores de rua, coordenadores de instituições sociais e informantes de outros contextos sociais. O uso de álcool e drogas reforça estigmas de culpabilidade e penalização das pessoas pela situação em que se encontram, reproduzidos nas relações com as instituições públicas de apoio, referências midiáticas e nas justificativas das lacunas das políticas públicas. Este uso, abusivo ou não, atua de forma prepoderante na mediação das relações sociais e de sobrevivência na rua e. além disso, permite o alívio do sofrimento físico e psíquico, além da navegabilidade nas memórias emocionais através de processos regressivos e experiências de si em estados alterados de consciência. Entender este uso sob a perspectiva da liminaridade permite o deslocamento anaítico do agente patogênico e da vulnerabilidade individual para o "drama social" que o sujeito vivência. Tendo em vista os dramas vividos, o uso de drogas é construídos sob o sistema de crenças e representações do sujeito, passível de ressignificações nos processos de autoconhecimento, desenvolvimento da autonomia e do auto-controle.

Coleção

Referência

“Liminaridade, bebidas alcoólicas e outras drogas: funções e significados entre moradores de rua [depoimento e entrevista],” e-Coleções FSP/USP, acesso em 4 de julho de 2024, https://colecoes.abcd.usp.br/fsp/items/show/3050.

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