Afinar o movimento: educação do corpo no ensino de instrumentos musicais [depoimento e entrevista]
Data
2013
Idioma
Português
Assunto
MÚSICA
PROMOÇÃO DA SAÚDE
SAÚDE OCUPACIONAL
DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO
PESQUISA QUALITATIVA
ANÁLISE DE CONTEÚDO
Fonte
Depoimento e entrevista baseados na dissertação/tese defendida na FSP/USP (http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-23052013-135314/).
Direitos
É autorizado o armazenamento e disponibilização em bases de dados para acesso universal, uso por rádios comunitárias e mídia em geral, por período indeterminado, desde que de forma gratuita e visando a educação e a promoção da saúde. Os créditos e o mérito pelo trabalho devem ser atribuídos adequadamente.
Formato
mp3
Entrevistado
Vezzá, Flora Maria Gomide
Audio Depoimento
Audio Entrevista
Duração
3 min 32 seg (depoimento), 3 min 54 seg (entrevista)
Entrevistador
Evangelista, Camila
Editor de som
Rodas, Caroline
Coordenador
Conceição, Maria Imaculada da
Produtor
Biblioteca da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
Local
São Paulo
Resumo da tese
A aquisição do movimento durante o aprendizado de um instrumento musical é fruto da plasticidade do sistema nervoso, que conduz à automatização de padrões motores. A tensão excessiva está relacionada a problemas de sonoridade e de saúde. Tornar-se músico muitas vezes significa tornar-se professor de instrumento, ofício que se aprende na prática e que esconde dificuldades como a de falar sobre o movimento e a música. O objetivo foi conhecer a formação de instrumentistas de cordas orquestrais para identificar temas e momentos que podem ser desenvolvidos para promover a saúde e prevenir distúrbios dolorosos do sistema musculoesquelético. Trata-se de pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, com orientação analítico-descritiva, mediante observações de aulas de instrumentos e entrevistas semiestruturadas com questões em aberto, iniciada após prévia aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa e consentimento esclarecido dos entrevistados. As observações foram feitas na Escola de Música do Estado de São Paulo (EMESP Tom Jobim). Os sujeitos são professores instrumentos de cordas orquestrais (violino, viola, violoncelo e contrabaixo). A interpretação do material coletado foi feita com base na análise de conteúdo. Os entrevistados discorreram sobre o corpo, o instrumento, o movimento e seu ensino, sobre aspectos materiais da execução musical, o professor e o aluno, e sobre o trabalho do músico. Os temas identificados na análise foram organizados tendo como pano de fundo dois referenciais: as teorias do controle do movimento e do funcionamento cerebral e da construção coletiva de saberes. Sob uma perspectiva não dualista de corpo e mente, discute-se o desenvolvimento de automatismos e estereótipos motores; o controle sobre a precisão e a força empregada; o planejamento do movimento e o uso de referenciais para ação; o papel da repetição e as relações entre a atenção e a tensão; as características da fala dos professores sobre o movimento; a constituição de saberes de prudência no aprendizado do savoir-faire. Inscrevendo a saúde no campo da atividade, apontam-se lógicas diversas de abordagem do corpo que podem ser úteis ao desenvolvimento de conteúdos voltados para a promoção da saúde dos instrumentistas. Ressalta-se que a promoção da saúde requer uma atuação interdisciplinar para formar instrumentistas que sejam capazes de afinar seu movimento
Coleção
Referência
“Afinar o movimento: educação do corpo no ensino de instrumentos musicais [depoimento e entrevista],” e-Coleções FSP/USP, acesso em 15 de março de 2025, https://colecoes.abcd.usp.br/fsp/items/show/3009.
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