Violência doméstica e de gênero: perfil sociodemográfico e psicossocial de mulheres abrigadas [depoimento e entrevista]
Data
2008
Idioma
Português
Assunto
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
VIOLÊNCIA NA FAMÍLIA (PSICOLOGIA)
INSTITUIÇÕES SOCIAIS
PERFIL DE SAÚDE
Fonte
Depoimento e entrevista baseados na dissertação/tese defendida na FSP/USP (http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-07052008-135147/).
Direitos
É autorizado o armazenamento e disponibilização em bases de dados para acesso universal, uso por rádios comunitárias e mídia em geral, por período indeterminado, desde que de forma gratuita e visando a educação e a promoção da saúde. Os créditos e o mérito pelo trabalho devem ser atribuídos adequadamente.
Formato
mp3
Entrevistado
Prates, Paula Licursi
Audio Depoimento
Audio Entrevista
Duração
53 seg (depoimento), 6 min 51 seg (entrevista)
Entrevistador
Ferraz, Heloísa
Editor de som
Santos, Amadeu dos
Coordenador
Gallo, Paulo Rogério
Produtor
Biblioteca da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
Local
São Paulo
Resumo da tese
Introdução: A violência contra a mulher tem sido considerada uma violação dos direitos humanos e um importante problema de saúde pública, tanto no que se refere aos cuidados, quanto com as relações de gênero que permeiam o fenômeno. Após este reconhecimento, serviços de atendimento às mulheres em situação de violência foram criados no âmbito das políticas públicas, entre eles os abrigos para mulheres que sofreram violência doméstica e se encontram em risco. Objetivo: Descrever e analisar o perfil sociodemográfico e psicossocial de usuárias de um destes abrigos da cidade de São Paulo. Método: estudo quantiqualitativo realizado por meio de consulta aos prontuários da instituição. Foram coletados dados de natureza sociodemográfica, de violência, de saúde e aspectos do abrigamento de 72 mulheres atendidas no período de 2001 a 2005. Resultados: A violência perpassa todas as faixas de idade (17 a 46 anos) e tempos de união. A predominância de escolaridade está no ensino fundamental. 66 por cento das mulheres mantinha relacionamentos estáveis, o que aponta para a maior incidência da violência contra a mulher no espaço doméstico e conjugal. 40,3 por cento das mulheres eram donas de casa quando entraram no abrigo. Os tipos de violência mais relatados foram a física, a psicológica e a sexual. 86,1 por cento das mulheres recebeu acompanhamento jurídico, dos quais 43,5 por cento eram processos criminais, 5 por cento familiares e 46,5 por cento ambos. A maioria dos tratamentos foi de natureza psicológica. Após o abrigamento, 51,4 por cento das mulheres iniciaram vida nova e/ou retornaram para a família e 27,8 por cento retornou para o companheiro. As mulheres que iniciaram vida nova apresentaram relacionamento interpessoal adequado, adesão à proposta do abrigo e condições para o desligamento. ) As mulheres que retornaram para os parceiros, na maioria não aderiram à proposta do abrigo e não apresentavam condições para o desligamento. Os motivos para retorno parecem estar ligados a uma concepção de feminilidade que marca a subjetividade das mulheres. Considerações finais: Os dados apontam para a complexidade da violência e sugerem a existência de condições de diferentes ordens, envolvidas na definição do destino da abrigada. A realização de acompanhamento pós-abrigamento, de formação e de supervisão para as equipes é fundamental neste tipo de serviço.
Coleção
Referência
“Violência doméstica e de gênero: perfil sociodemográfico e psicossocial de mulheres abrigadas [depoimento e entrevista],” e-Coleções FSP/USP, acesso em 20 de abril de 2025, https://colecoes.abcd.usp.br/fsp/items/show/3091.
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